Os
investimentos em concessões de petróleo e gás em Angola totalizaram 84 mil milhões de dólares entre 2017 e
2024, de acordo com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás,
Diamantino Azevedo. O anúncio foi feito durante a 6ª Conferência Internacional
de Petróleo e Gás, realizada em Luanda, na quarta-feira.
Ainda
segundo o ministro, o país espera um investimento
adicional de 72 mil milhões de dólares no período de 2025 a 2029. Este
investimento, que faz parte de uma estratégia de concessão e exploração, visa
combater o declínio da produção de petróleo em Angola. A produção tem diminuído
desde 2016, com quedas anuais de até 15%.
O
ministro explicou que a queda na produção se deve a fatores como a ausência de
um modelo de governação adequado, falta de legislação e de processos de
licitação de novas concessões. Para reverter esse cenário, o governo de Angola
implementou uma série de reformas
estruturais a partir de 2017, que visam aumentar a transparência,
eficiência e competitividade do setor, tornando o país mais atrativo para o
investimento privado.
Essas
reformas já resultaram na adjudicação de 35 blocos e na renovação de contratos que permitiram a
continuidade de grandes empresas petrolíferas no país. Além disso, as
negociações para outras 13 concessões
estão em fase final e os contratos já estão em processo de aprovação. O
ministro destacou as bacias do Baixo Congo, Kwanza e Namibe como áreas-chave
para os novos investimentos.
A conferência, que se
enquadra nas celebrações dos 50 anos da Independência de Angola, reuniu mais de
2.500 delegados e abordou temas
cruciais para o futuro do setor petrolífero em África, como o aumento da
produção, oportunidades de negócio e inovações tecnológicas. O evento foi
promovido pela Energy Capital and Power, com o apoio de entidades como o
Ministério dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás e a Sonangol.
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