O Ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, representou o Presidente João Lourenço na abertura da 2ª Cimeira do Clima em África, realizada em Adis Abeba. A cimeira, com o tema "Aceleração de soluções climáticas globais: financiamento para o desenvolvimento resiliente e verde de África", reuniu líderes e parceiros de todo o continente.
Em declarações à imprensa, o ministro Téte António salientou o forte empenho de Angola na transição energética e na agenda climática do continente. Ele destacou que o país é um dos maiores contribuintes da União Africana nesta área, reforçando o seu compromisso em encontrar soluções africanas para o desenvolvimento sustentável.
Angola possui uma Estratégia Nacional sobre Mudanças Climáticas, que direciona as políticas públicas para um crescimento mais resiliente. A estratégia foca na diversificação da matriz energética, com um aumento da produção de energias renováveis, e na gestão sustentável dos recursos naturais.
O ministro mencionou diversos programas em andamento, incluindo investimentos em energia hídrica, solar e eólica, além de ações para a conservação da biodiversidade, combate à desertificação e reforço da resiliência agrícola. Essas iniciativas visam mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar.
Um dos principais desafios debatidos na cimeira foi a necessidade de maior financiamento internacional. Os líderes africanos defenderam uma voz unida para a preparação da próxima Conferência das Partes (COP), a ser realizada no Brasil em novembro.
O programa de três dias da cimeira incluiu sessões plenárias, painéis técnicos e mesas-redondas para discutir soluções baseadas na natureza, inovação tecnológica e infraestruturas resilientes. Além disso, foram abordadas questões de cooperação em adaptação e resiliência climática, com foco em sistemas de alerta precoce e respostas de saúde pública.
Ao final da cimeira, os líderes aprovarão a Declaração de Adis Abeba e um Apelo à Ação, documentos que irão orientar a posição comum de África nas plataformas globais.
A cimeira reconhece o potencial de África como uma solução para o clima global e enfatiza a necessidade de alocar recursos de forma justa e equitativa, especialmente para as nações africanas que, apesar de historicamente terem contribuído menos para as alterações climáticas, são as mais afecadas.
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