O
Banco de Fomento Angola iniciou hoje a Oferta Pública de Venda (OPV) de
29,75% de seu capital, como parte do Programa de Privatizações (PROPRIV) do
governo. As acções estarão disponíveis para venda na Bolsa de Dívida e Valores
de Angola (BODIVA) até o dia 25 de setembro, com preços que variam entre 41.500 kwanzas e 49.500 kwanzas por ação.
No
total, 4,46 milhões de ações ordinárias serão vendidas. Deste montante, 15% provêm da operadora UNITEL e 14,75% do Banco Português de Investimento
(BPI). Além disso, 2% das ações foram reservadas exclusivamente para os
colaboradores do banco.
Durante
o roadshow com investidores em Luanda, o presidente do Instituto de
Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), Álvaro Fernão, destacou que
a privatização do BFA é um sinal de confiança no potencial do banco e visa
aumentar a abertura e competitividade do mercado de capitais angolano.
Fernão
afirmou que o processo "materializa os valores que norteiam o
PROPRIV", como a transparência, a equidade e a livre concorrência,
reforçando o compromisso do Executivo angolano em promover um crescimento
econômico sustentável. Segundo ele, esta privatização não só cria oportunidades
de investimento para pequenos e grandes investidores, mas também dinamiza o
mercado, gerando liquidez e ampliando a base de investidores.
O
presidente da Comissão Executiva do BFA, Luís Gonçalves, mostrou-se confiante
no sucesso da operação, citando o apetite dos investidores e o desempenho
positivo do banco nos últimos anos. Gonçalves revelou que, em 2024, o BFA
registou um lucro de 207,8 mil milhões
de kwanzas, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, tornando-o o
banco mais lucrativo de Angola.
Se a venda atingir o valor máximo, a expectativa é que o governo arrecade mais de 200 mil milhões de kwanzas com a operação.
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