Apesar de informações contraditórias, Miguel Pereira, presidente do conselho fiscal
da Associação dos Taxistas de Angola (ATA), confirmou à DW que a greve
segue conforme o planeado. "Não foi cancelada a paralisação. Está em pé.
Segunda, terça e quarta fiquem em casa, mantenham as vossas viaturas no parque
por forma a mostrarmos o nosso descontentamento e aguardarmos que o Executivo
responda o nosso caderno reivindicativo", afirmou Pereira.
O caderno
reivindicativo, entregue ao Governo da província de Luanda há mais de 15
dias, elenca uma série de queixas que motivam a paralisação. Entre os
principais pontos, destacam-se:
- O aumento do preço do gasóleo, que
impacta diretamente os custos operacionais dos taxistas.
- A falta de definição de paragens adequadas
para o embarque e desembarque de passageiros e mercadorias.
- As alegadas abordagens abusivas dos agentes
reguladores de trânsito.
- A falta de profissionalização da atividade,
uma demanda antiga da categoria.
A Associação
Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) também reforçou a adesão à
greve. Em comunicado, a ANATA negou ter participado de qualquer reunião com o
governo para suspender a paralisação, reafirmando seu compromisso em
representar os interesses dos taxistas e levar adiante a manifestação.
A greve de três dias promete impactar
significativamente o transporte público na capital angolana e em outras
províncias, colocando pressão sobre o governo para atender às demandas da
classe.
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