Em um movimento que marca uma reorientação drástica da
política externa americana, o governo do presidente Donald Trump anunciou o
encerramento definitivo da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional (USAID).
Em
comunicado, o Secretário de Estado, Marco Rubio, justificou a medida, afirmando
que a USAID não cumpriu seus objectivos desde o fim da Guerra Fria e que teria
criado uma rede de organizações não-governamentais (ONG) que viviam "à
custa dos contribuintes americanos". "Esta era de ineficiência chegou
oficialmente ao fim. Sob a administração Trump, finalmente teremos uma ajuda
externa que prioriza os nossos interesses nacionais", frisou Rubio. Acrescentou
ainda que os cidadãos norte-americanos "não devem pagar impostos para
financiar governos falidos em países distantes" e prometeu que, a partir
de agora, "a ajuda será direcionada e limitada no tempo".
O
processo de encerramento resultou em uma redução drástica do pessoal da
agência. Dos aproximadamente 10.000 funcionários e contratados em Washington e
escritórios globais, apenas 294 permanecerão para operações mínimas.
A
decisão foi recebida com forte oposição por especialistas em ajuda humanitária
e organizações internacionais, que alertam para a formação de uma lacuna
significativa em programas de saúde, educação e resposta a crises humanitárias.
Em raras críticas conjuntas ao governo Trump, os ex-presidentes Barack Obama e
George W. Bush se manifestaram na segunda-feira.
A USAID foi estabelecida em 1961 pelo presidente John F.
Kennedy com o propósito de canalizar a ajuda externa americana para o
desenvolvimento e a assistência humanitária.
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