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Presidente de Madagáscar denuncia tentativa de Golpe de Estado em meio a protestos

Presidente de Madagáscar denuncia tentativa de Golpe de Estado em meio a protestos

O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, afirmou que o movimento de protesto em curso no país, que se iniciou a 25 de setembro, tem como objetivo principal "provocar um golpe de Estado". A declaração foi feita este sábado, através da sua conta oficial na rede social Facebook, intensificando a crise política que o país enfrenta.

O movimento de contestação, que inicialmente se centrava em denunciar os recorrentes cortes de água e eletricidade, escalou rapidamente para uma exigência mais ampla: a saída do Chefe de Estado.

Rajoelina, de 51 anos, alegou que os jovens mobilizados nas ruas estavam a ser manipulados. Mais grave ainda, o Presidente acusou "países e agências" de estarem a financiar o protesto.

“Países e agências pagaram a este movimento para me afastar, não por eleições, mas por lucro, para tomar o poder como noutros países africanos”, afirmou, sem, no entanto, apresentar detalhes ou identificar os alegados intervenientes.

O Chefe de Estado também responsabilizou alguns políticos pela escalada da crise, acusando-os de terem "abusado desta situação para levar a cabo um golpe de Estado" e "destruir o país".

Apesar das acusações, Andry Rajoelina manifestou-se pronto para dialogar e apelou às forças da ordem para que "restabeleçam a paz".

Contudo, a declaração não foi acompanhada pelo esperado anúncio de um novo primeiro-ministro. Rajoelina tinha demitido todo o Governo na segunda-feira, numa tentativa falhada de apaziguar a ira dos manifestantes.

Após uma pausa nas manifestações na quinta-feira, o movimento regressou às ruas de Antananarivo. Grupos de manifestantes foram impedidos de avançar pelas forças da ordem, que recorreram ao uso de granadas de gás lacrimogéneo em diversos locais da capital.

A situação em Madagáscar permanece tensa, com o governo a enfrentar uma contestação crescente e a denunciar abertamente a intenção de derrubar o poder vigente.

 

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